O período da gestação é uma das épocas mais sensíveis na vida de qualquer mulher. As transformações no organismo e a fragilidade emocional podem causar uma debilitação maior das defesas corporais, o que exige também mais atenção com a saúde. Com a formação de uma nova vida, os cuidados com a organismo tornam-se prioridade, pois a contração de vírus, doenças e infecções apresentam mais riscos para a mãe e para o bebê.

Entre todas as possibilidades negativas, o citomegalovírus se encontra entre as viroses que, quando contraídas na gestação, podem causar sérias sequelas ao bebê. No entanto, o vírus é inofensivo na maioria dos casos, principalmente porque a maioria das mulheres já contraíram antes da gravidez e possuem anticorpos desenvolvidos. Porém,o citomegalovírus não apresenta sintomas e a única maneira de diagnosticar é por um exame de sangue.

Características do citomegalovírus
Parente da já conhecida herpes e muito comum na população em geral, o citomegalovírus é um vírus que atinge pelo menos 50% das mulheres antes da primeira gravidez. Fácil de contrair e silencioso, muitas pessoas nem sabem que já estiveram infectadas, pois o organismo não demonstra nenhum sinal. Quando a infecção ocorre antes da gravidez, a mulher desenvolve anticorpos suficientes e, por isso, é muito raro que o vírus seja passado ao feto.

No entanto, o problema ocorre quando a mulher contrai o vírus pela primeira vez durante a gravidez. Pela falta de anticorpos já formados, os riscos de afetar o bebê são maiores. No entanto, há muitas crianças que nascem com o vírus e não desenvolvem nenhum problema de saúde. Nos casos em que as sequelas são identificadas, a doença é diagnosticada como citomegalovirose congênita.

Riscos para o bebê
A citomegalovirose congênita é uma doença pouco comum, porém, quando ocorre, pode causar anomalias no organismo do pequeno e até mesmo levar a morte da criança. A maneira como o vírus age no organismo infantil varia muito, tendo casos de crianças que já nasceram com alguma sequela e outras que apresentaram anomalias anos após o nascimento.

De todas as crianças que contraem o vírus, o número das que desenvolvem sequelas não chega a 15%. Porém, quando ocorre, é possível que a criança tenha problemas como perda da audição, crescimento limitado, irritações na pele, alteração no tamanho dos órgãos e até distúrbios psicológicos. Mesmo que seja algo raro, é importante tomar alguns cuidados durante a gravidez, principalmente as mamães que nunca contraíram o vírus.

Como prevenir
O citomegalovírus é tão comum que pode ser contraído até mesmo por beber no copo de outra pessoa. A transmissão ocorre através do contato direto a secreções e fluidos do corpo de uma pessoa contaminada. Coisas simples como limpar o nariz de uma criança ou dar um beijo na boca podem ser suficientes para contrair o vírus.

Como a maioria das pessoas já se infectaram alguma vez na vida, as grávidas que nunca foram vítimas do vírus devem tomar mais cuidados. Durante a gestação, redobre os cuidados com higiene, lave bem as mãos com frequência e evite compartilhar talheres ou copos com outras pessoas.

By: Ana Paula Bretschneider Ramos