Primeiramente, o medo infantil é um sentimento natural, mas muitos pais têm dúvidas de como lidar com este tipo de situação. Você pode achar bobagem ou que seu filho teme algo pequeno, mas menosprezar as emoções da criança não terá bom efeito – seja nesse ou em outros casos. Antes de mais nada, é importante entender sobre o medo, e neste artigo ajudamos você a compreender como ajudar os mais novos.
O medo é um estado instintivo que se manifesta quando uma pessoa se sente em perigo, sendo totalmente atrelado à sobrevivência humana. Por ser muito subjetivo e se relacionar com as vivências de cada um, compreender o temor vivenciado pelo outro pode apresentar alguns obstáculos. Contudo, acredite: todo medo é válido.
Medos infantis comuns
Os medos podem variar muito de acordo com a fase de desenvolvimento, que não necessariamente está atrelada a uma idade específica. Desde medo de ir ao dentista, entrar na piscina ou de alguns objetos, as crianças e adolescentes podem se sentir ameaçadas por diferentes razões. Os medos infantis mais comuns são:
- Altura ou quedas
- Sons intensos
- Pessoas desconhecidas
- Ficar longe dos pais
- Medo de escuro
- Ambientes estranhos
- Pessoas fantasiadas
- Machucar-se
- Animais e insetos
- Personagens e seres fantásticos (fantasmas, monstros, bicho-papão, etc)
- Morte e/ou doenças
- Interações sociais
Como identificar medos infantis
Identificar o medo infantil requer muita atenção dos pais diante dos comportamentos dos seus filhos. Algumas das formas mais recorrentes de expressão são: choro, silêncio, ações desesperadas, fuga, birra, esconder-se, pesadelos, fazer xixi na cama, entre muitos outros. Ao presenciar alguma dessas atitudes, considere a possibilidade de o seu filho estar se sentindo em alerta ou em perigo. Quando tiver a comprovação do medo, após uma conversa respeitosa, lembre-se dos sinais para facilitar a identificação de outros temores que ele possa vir a enfrentar.
Para lidar com o sentimento, procure não adotar nenhuma postura extrema. Da mesma maneira que a ridicularização do medo tem impacto negativo, a superproteção também não é a saída. Você não deve, de jeito algum, tratar a criança com indiferença ou reforçar demais o que lhe causa pavor. Os pequenos precisam entender que não precisam ter vergonha dos seus medos e que eles são válidos, mas que essas sensações de ameaças não devem conduzir suas vidas ou impedir certas experiências.
O melhor modo de dar suporte ao seu filho é encorajá-lo e mostrar que você está ao seu lado para encarar seus medos. Compreender de onde eles vêm também será fundamental para racionalizá-lo e encontrar soluções que o ajudem a se sentir protegido.
Aceite o medo infantil!
Concluindo, o primeiro passo para você ajudar seu filho a combater seus medos é acolhê-lo. Mostre que ele pode contar com você, que encontra em você um ambiente seguro para desabafar e para sentir o que tiver para sentir, investindo cada vez mais em uma relação positiva.
Em suma, caso sua criança manifeste medos extremos, com que você não está conseguindo auxiliar, procure ajuda especializada de um terapeuta. Assim, os medos serão investigados mais a fundo e, assim, ficará mais simples de buscar os meios para solucionar sua aflição.