É possível identificar uma série de possibilidades para a causa do bullying, mas não é fácil determinar exatamente qual o motivo inicial para o desenvolvimento desse comportamento. A busca pela identidade, popularidade ou poder dentro de um grupo são as causas mais aparentes, mas os aspectos psicológicos e de criação da pessoa também devem ser levados em consideração.
Ao vivenciar atitudes de humilhação, abuso ou agressividade dentro da família a criança pode reproduzir esses comportamentos em outras interações sociais, tentando utilizar destas atitudes para se impor em pelo menos algum âmbito de sua vida social. Por isso é necessário se manter atento tanto aos sinais de quem sofre bullying, como aos sinais de quem o pratica.
Aproveite as oportunidades que você tem para observar as atitudes de seus filhos, veja se ele tem empatia com os colegas e uma atitude amigável. Caso você observe atitudes agressivas, procure conversar sobre os motivos pelos quais ele age daquela forma. Como em todos os casos relacionados às crianças é essencial que o adulto seja o melhor exemplo, então reveja as interações dentro do ambiente familiar que podem estar servindo como base para esse comportamento.
Lembre-se que as consequências do bullying podem ser bem variadas, atingindo o desempenho escolar, social e em casos mais severos podem levar até ao desenvolvimento de transtornos ligados à ansiedade, ou até mesmo a depressão. Por isso é extremamente importante ficar atento e oferecer um espaço seguro de conversa para os filhos. Um dos pontos fundamentais é falar sobre a rotina! Pergunte como foi o dia, quais atividades foram realizadas, fale sobre os amigos. Demonstrar interesse e trazer exemplos próprios pode auxiliar nessa conversa e fazer com que as crianças se abram mais.
Caso você fique sabendo de alguma atitude de bullying realizada contra a criança, ou até mesmo por ela, é importante alertar a comunidade escolar. Muitas escolas possuem psicólogos em sua equipe e eles poderão realizar atividades de conscientização, além de um acompanhamento mais próximo das crianças. Também procure investir em um atendimento psicológico individual, pois é importante ter o acompanhamento das consequências no desenvolvimento da criança ou adolescente.